Como escolher o rejunte certo? Conheça os principais tipos

Quando chega a hora de escolher os revestimentos de uma obra nova ou reforma, todo mundo gosta de dar palpites sobre as placas cerâmicas que serão colocadas. Veja a seguir como escolher o rejunte correto para sua obra!

Como escolher o rejunte

como escolher rejunte

Neste artigo, vamos ajudar você a comprar o rejunte perfeito para a sua obra para que não tenha dores de cabeça no futuro por causa de descolamentos de placas, fungos, mofo, assentamento mal executado.

Vamos explicar quais os tipos de rejunte que existem e para que servem. Acontece muito de engenheiros experientes se esquecerem dos 3 tipos de rejunte e acabarem decidindo com a sugestão do vendedor da loja de pisos.

Como esta é uma decisão que vai ter grande impacto na qualidade final do seu piso ou parede revestida, pegue a caneta para anotar o rejunte certo para sua obra!

Para que serve o rejunte?

O rejunte, além de sua função no desempenho estético da placa, garante a regularidade superficial ao preencher as juntas entre cada placa. É essa qualidade de vedação do revestimento que vai garantir a estanqueidade, promovendo mais salubridade ao acabamento ao evitar a penetração de água e umidade nas juntas. 

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Por ser mais maleável que a cerâmica ou o porcelanato, o rejunte alivia as tensões do pano revestido facilitando a trocas de placas cerâmicas quando existe a necessidade de manutenção, seja para trocar peças quebradas ou fazer a manutenção nas instalações hidráulicas. 

Outra das funções do rejunte é a compensação das irregularidades dimensionais das placas, o que facilita o alinhamento. Ou então, o rejunte disfarça a falha se o azulejista ou assentador de piso não capricha em algum  cantinho. Claro que o rejunte não faz milagres se o serviço foi mal feito, mas ele quebra vários galhos no assentamento.

Tipos de massa de rejunte e local de aplicação indicado

Indo direto ao assunto, existem 3 principais tipos de massa de rejunte disponíveis no mercado:

Rejunte cimentício: é composto de cimento + agregados minerais (nome pomposo para areia fina) + pigmentos (para combinar com a tonalidade do piso) + aditivos e polímeros (que variam dependendo do tipo de exposição que o piso vai ter).

Rejunte acrílico: sua composição é resina acrílica (que dá nome ao rejunte) + cimento (leva cimento, sim!) + agregados minerais (leva areia também) + pigmentos (você já sabe a razão) + aditivos e polímeros. 

Rejunte epóxi: é uma mistura de resina epóxi (em várias cores) com catalisador (para endurecer a massa). 

Como escolher o rejunte

Critério n°1: a cor. Como escolher a cor do rejunte? A maioria das pessoas escolhe uma tonalidade próxima das placas cerâmicas para dar aquela sensação de continuidade. Mas esta não é uma regra, alguns porcalhões dão preferência a rejuntes em tonalidades escuras porque disfarçam a sujeira. Também há quem goste de cores de rejunte contrastantes com as placas para formar a arquitetura do espaço. Logo, não existem regras na escolha da cor. 

Critério nº2: local de aplicação. O uso é praticamente o mesmo para todos os tipos de rejunte: pisos e paredes externas e internas tais como banheiros, cozinhas, lavanderias… Assim, você vai escolher quase exclusivamente de acordo com os últimos critérios.

Critério n° 3: tamanho da junta. Esse é um critério relevante na hora de escolher o rejunte. Para intervalos entre 3 e 10 mm entre as placas, são indicados os rejuntes cimentícios. Os rejuntes acrílico ou epóxi são recomendados para juntas menores. 

E as diferenças no acabamento? Claro que há! Por ser rugoso e áspero, o rejunte cimentício é o mais barato e que dá menor acabamento. Já o rejunte acrílico é mais liso e um pouco mais caro. Como você já deve ter imaginado, o rejunte epóxi é o mais caro e que dá o acabamento mais perfeito!

No entanto, é preciso ter em conta que o rejunte de epóxi precisa de uma mão de obra que tenha experiência de aplicação, pois não dá para reparar os erros eventualmente cometidos. Se o serviço apresentar rebarbas ou ficar esteticamente ruim, vai ser preciso trocar as placas da região afetada.

Confira agora o esquema que fizemos para lhe ajudar a escolher o rejunte: 

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Dicas e macetes

Leia as informações que o fabricante do piso e do rejunte fornece sobre o rejunte mais adequado para o seu revestimento. Isso é importante porque a garantia oferecida pelo fabricante é condicionada aos procedimentos da orientação;

É possível usar os rejuntes acrílico e epóxi em juntas maiores. Mas veremos que a prática não é aconselhável se formos comparar o custo do rejunte ao custo das peças que utilizam juntas grandes. 

O rejunte cimentício para o box de banheiros e locais que recebem água diariamente deve ser escolhido com cuidado. Se o rejunte comprado for de baixa qualidade ou sem aditivos que o tornem resistente ao surgimento dos fungos, provavelmente surgirão problemas desse tipo;

Quando for preparar a massa, use exatamente a quantidade de água indicada pelo fabricante para o feitiço não virar contra o feiticeiro. Se o rejunte for muito diluído, ele irá retrair em vez de vedar, podendo  trincar ou formar sulcos que juntam sujeira e enroscam o sapato, diminuindo a qualidade final do acabamento;

Lugares como piscinas e pisos sujeitos à ação de agentes químicos exigem rejuntes especiais e deve haver um critério maior para a sua escolha;

Para que não haja empoçamento na região dos ralos, verifique sempre o seu caimento. Para evitar desperfício de material e tempo, se possível planeje o revestimento previamente com o pedreiro; 

Proteja as placas antes de aplicar o rejunte e limpe assim que terminar a aplicação para não deixar o rejunte endurecer na superfície das placas.

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E assim chegamos ao final do nosso artigo. Querendo ou não, você se tornou um especialista em rejuntes, não é mesmo? 

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